Certamente já sabia que os seus músculos são constituídos por fibras musculares, mas sabiam que estas têm propriedades fisiológicas distintas? sabe porque quais as principais diferenças entre as fibras musculares de um velocista e de um maratonista? No final desta leitura saberá a resposta para esta pergunta!
O músculo-esquelético é constituído por proteínas contratéis, sendo a actina e a miosina as principais e as mais predominantes. Estas 2 proteínas colaboram na contração muscular e permitem que façamos todos os nossos movimentos sem que pensamos nisso! Interessante, será notar que estas proteínas possuem um património genético que responde aos estímulos, como aquele que é o treino. Será isto importante para respondermos à questão inicial? claro que sim!
Existem 2 tipos de fibras musculares, as tipo I e as tipo II. As primeiras têm atributos que favorecem a realização de estímulos de longa duração, enquanto as segundas adequam-se a estímulos de menor duração. Neste caso podemos realizar uma subdivisão em fibras IIa e fibras IIx, mais resistentes e menos resistentes, respectivamente. Então quais as que predominam no velocista? Creio que acertou! As fibras tipo II permitem uma velocidade de contração mais rápida e os músculos com predominância destas fibras têm a capacidade de produzir mais força, embora alcancem a fadiga mais rapidamente. Podemos afirmar que as fibras tipo I funcionam no registo oposto.
Concluímos este comentário referindo que as nossas fibras musculares têm um elevado grau de plasticidade e que estão já identificadas várias fibras híbridas. Ao longo da vida, em condições de doença e através do treino/destreino existe a capacidade de alterar e modular a função e composição destas fibras musculares. Agora que já sabe um pouco mais acerca dos tipos de fibras musculares deixamos-lhe outras questões pertinentes!
Qual destes tipos de fibras privilegia a utilização de gordura enquanto substrato energético?
Sabe qual o tipo de fibras que mais diminuí com o envelhecimento?
E o que se associa com a mais incidência de quedas?
Até um próximo comentário!
Bons treinos e até já,
Eduardo André,
Fisiologista do exercício.
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